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E o leopardo deitar-se-á ao lado do cabrito;
o novilho e o leão comerão juntos,
e um menino os conduzirá
Is.11, 1-6
Andando por aqui e por ali, os pastores sempre foram mensageiros. Daqui, deste longe da serra, alguns ecos do mundo.
No próximo Domingo, dia 11 de Maio, a Covilhã vai ser palco de um grande acontecimento nacional, o VII Encontro Nacional de Universidades Seniores.
Os alunos de cabelos prateados, virão de todos os pontos do país, desde o Minho ao Algarve. Só não serão mais, porque os 1.000 lugares do Teatro Cine da Covilhã, estão esgotados. E para servir um almoço sentado, com a dignidade que estes senhores e senhoras merecem, também não há restaurantes com maior capacidade na zona.
Deslocam-se de muito longe, porque no seu “dizer sim à vida”, vêm procurar o outro. A sabedoria da vida ensinou-lhes a necessidade de saírem de si, para entrarem em contacto, para con-tactarem, para tocarem os outros, para jogarem um jogo colectivo. Estes encontros são ocasiões de comunhão, de emoções partilhadas. Mas são igualmente actos sociais de afirmação pública da vontade de interacção. São a expressão de um sentimento comum de pertença, de associação, de fazer parte, do respeito por si próprio e pelos outros, com vista a atingir uma maior compreensão mútua. Neles, fortalece-se o espírito de solidariedade, de tolerância, de igualdade e de cooperação; rompem-se as fronteiras de grupos fechados, na vontade do encontro com os outros, para estudar problemas comuns. Em resumo pratica-se a cidadania e a autonomia.
O universo social das UTIs constitui uma elite, que exactamente por isso, proporciona indicadores das transformações sociais em curso. É formado por pessoas cujo querer viver se manifesta no desejo de actualização, no interesse e no envolvimento que têm nas suas actividades. São pioneiros sociais. São os arautos dos novos idosos que não permitem ser excluídos, que desejam manter a sua autonomia como cidadãos responsáveis e sábios.
Estou olhando o teu retrato, meu velho pisano,
aquele teu retrato que toda a gente conhece,
em que a tua bela cabeça desabrocha e floresce
sobre um modesto cabeção de pano.
Aquele retrato da Galeria dos Ofícios da tua velha Florença.
(Não, não, Galileo! Eu não disse Santo Ofício.
Disse Galeria dos Ofícios.)
Aquele retrato da Galeria dos Ofícios da requintada Florença.
Lembras-te? A Ponte Vecchio, a Loggia, a Piazza della Signoria…
Eu sei… eu sei…
As margens doces do Arno às horas pardas da melancolia.
Ai que saudade, Galileo Galilei!
Olha. Sabes? Lá em Florença
está guardado um dedo da tua mão direita num relicário.
Palavra de honra que está!
As voltas que o mundo dá!
Se calhar até há gente que pensa
que entraste no calendário.
Eu queria agradecer-te, Galileo,
a inteligência das coisas que me deste.
Eu,e quantos milhões de homens como eu
a quem tu esclareceste,
ia jurar- que disparate, Galileo!
- e jurava a pés juntos e apostava a cabeça
sem a menor hesitação-
que os corpos caem tanto mais depressa
quanto mais pesados são.
Pois não é evidente, Galileo?
Quem acredita que um penedo caia
com a mesma rapidez que um botão de camisa ou que um seixo da praia?
Esta era a inteligência que Deus nos deu.
Estava agora a lembrar-me, Galileo,
daquela cena em que tu estavas sentado num escabelo
e tinhas à tua frente
um friso de homens doutos, hirtos, de toga e de capelo
a olharem-te severamente.
Estavam todos a ralhar contigo,
que parecia impossível que um homem da tua idade
e da tua condição,
se tivesse tornado num perigo
para a Humanidade
e para a Civilização.
Tu, embaraçado e comprometido, em silêncio mordiscavas os lábios,
e percorrias, cheio de piedade,
os rostos impenetráveis daquela fila de sábios.
Teus olhos habituados à observação dos satélites e das estrelas,
desceram lá das suas alturas
e poisaram, como aves aturdidas- parece-me que estou a vê-las -,
nas faces grávidas daquelas reverendíssimas criaturas.
E tu foste dizendo a tudo que sim, que sim senhor, que era tudo tal qual
conforme suas eminências desejavam,
e dirias que o Sol era quadrado e a Lua pentagonal
e que os astros bailavam e entoavam
à meia-noite louvores à harmonia universal.
E juraste que nunca mais repetirias
nem a ti mesmo, na própria intimidade do teu pensamento, livre e calma,
aquelas abomináveis heresias
que ensinavas e descrevias
para eterna perdição da tua alma.
Ai Galileo!
Mal sabem os teus doutos juízes, grandes senhores deste pequeno mundo
que assim mesmo, empertigados nos seus cadeirões de braços,
andavam a correr e a rolar pelos espaços
à razão de trinta quilómetros por segundo.
Tu é que sabias, Galileo Galilei.
Por isso eram teus olhos misericordiosos,
por isso era teu coração cheio de piedade,
piedade pelos homens que não precisam de sofrer, homens ditosos
a quem Deus dispensou de buscar a verdade.
Por isso estoicamente, mansamente,
resististe a todas as torturas,
a todas as angústias, a todos os contratempos,
enquanto eles, do alto incessível das suas alturas,
foram caindo,
caindo,
caindo,
caindo,
caindo sempre,
e sempre,
ininterruptamente,
na razão directa do quadrado dos tempos.
Olá contemporâneo !Não lhe apetece fazer parte de um grupo assim ?
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