quarta-feira, 13 de maio de 2009

O conhecimento

"Num ponto qualquer afastado do universo que se expande no brilho de inumeráveis sistemas solares, houve uma vez uma estrela na qual animais inteligentes inventaram o conhecimento. Foi o minuto mais arrogante e mais enganoso da "história universal": mas foi apenas um minuto. Depois de alguns suspiros da natureza, a estrela congelou e os animais inteligentes morreram. - Esta é a fábula que alguém poderia inventar, sem conseguir contudo ilustrar que lamentável excepção, vaga, fugitiva e vã, o intelecto humano constitui no seio da natureza. ...Não existe nada, por pior ou mais insignificante que seja na natureza que, por um pequeno sopro desta força de conhecer, não fique inchado como uma odre;" - Nietzsche - Introdução teorética sobre a verdade e a mentira no sentido extra-moral (1873)

A seguir Nietzsche expõe a sua teoria da razão porque o homem persegue o conhecimento e a "verdade" como sendo de ordem utilitária, pragmática. E contudo, quando eu me inclino deliciada perante esta sabedoria e perante a beleza destas frases que gostaria de saber de cor, não é tanto o conceito de utilidade que me conduz, como a agradável sensação de tocar a verdade e a beleza. É que a sabedoria, a beleza e a bondade atraem o homem, do mesmo modo que a ignorância, o feio e o mal o afastam.

2 comentários:

As Tertulías disse...

Ficaram estas palavras guardadas comigo hoje:

"É que a sabedoria, a beleza e a bondade atraem o homem, do mesmo modo que a ignorância, o feio e o mal o afastam"

Obrigado!

Ricardo

Pastora disse...

Ola Ricardo

Obrigada por me dar conta que leu e que reteve algumas das palavras.

Vá passando que eu farei o mesmo no seu sítio.

Pastora